"Ele não era bonito e as suas maneiras exigiam que a intimidade o tornasse agradável. Ele era muito tímido para fazer justiça a si mesmo; mas quando a sua timidez natural foi superada, o seu comportamento deu todos os indícios de um coração aberto e afetuoso." - Jane Austen, "Razão e Sensibilidade"
Em Resumo
Durante muito tempo, os psicólogos têm debatido sobre como classificar a introversão e, ao longo dos anos 1990, era simplesmente uma classificação que significava mais ou menos "não extroversão." Os pesquisadores agora separaram os introvertidos em quatro categorias diferentes, salientando que cada pessoa se relaciona a cada categoria com graus variados. Os introvertidos reservados começam por ser tímidos e retraídos, mas tendem a abrir-se e a tornarem-se mais sociais, quando conhecem alguém. Os introvertidos pensativos tendem a não se coibir das situações sociais, mas passam esses momentos a ver, em vez de participarem. Os introvertidos ansiosos evitam socializar porque ficam desconfortáveis, enquanto os introvertidos sociais preferem pequenos grupos para conviverem.A História Completa
Há muita especulação sobre a diferença entre os introvertidos e os extrovertidos. Algumas explicações dizem que a diferença está realmente em como as pessoas recarregam a sua energia e como ela é canalizada, juntamente com as tentativas de descrever cada personalidade de um modo que o outro tipo possa entender melhor. Tudo parece ser uma coisa muito nova, mas o debate não é assim tão novo.Os termos foram cunhados pela primeira vez por Carl Jung, na década de 1920. Os princípios são os mesmos: as pessoas introvertidas sentem a sua energia sugada pelas situações sociais, enquanto as pessoas extrovertidas prosperam nessas mesmas situações. Também disse que não havia tal coisa como um verdadeiro introvertido ou extrovertido.
O psicólogo alemão Hans Eysenck seguiu-se algumas décadas mais tarde, com a ideia de que havia algo biologicamente diferente entre a forma como o cérebro de uma pessoa introvertida e extrovertida trabalhavam. Os desenvolvimentos recentes têm apoiado esta teoria, mostrando uma diferença no fluxo sanguíneo através do cérebro, dependendo de como a pessoa é identificada.
Houve uma abundância de argumentos sobre o que significa ser introvertido. Ainda na década de 1930, os psicólogos mostraram que ser introvertido não estava apenas relacionado à energia e que havia um número de fatores envolvidos. Os debates aqueceram ao longo dos anos 60 e 70, até ao ponto onde os psicólogos argumentaram que havia grandes diferenças que precisavam de ser ditas. Com o desenvolvimento das chamadas "Big Five", as cartas da personalidade dos anos 90, parecia que agora era algo definido como "não extroversão."
Agora, porém, as pessoas vêm as coisas de forma diferente. As questões que foram carateristicamente utilizadas para definir todos os aspetos da introversão (ou seja, gastar muito tempo a pensar sobre os seus próprios sentimentos) são mais adequadas para serem aplicadas a outra parte da personalidade de teste, juntamente com a introversão.
Portanto, agora, os pesquisadores desenvolveram quatro tipos diferentes de introversão que são destinados a descrever com mais precisão o que está a acontecer no cérebro do introvertido, algo que faz muito sentido.
Há o introvertido ansioso, que vê as interações sociais como algo stressante e cansativo, porque as interações são muitas vezes desconfortáveis. Eles são auto-conscientes, preocupam-se com a forma como vão olhar para as outras pessoas e se elas o vão julgar sobre o que o introvertido vê como erros sociais. Há também o introvertido social, que aceita (talvez a contragosto) o convite para sair, mas está mais confortável em pequenos grupos. Os grupos grandes são esmagadores e cansativos e ele preferia estar em casa com o gato.
Depois, há o introvertido pensativo, que tende a refletir mais sobre os seus próprios pensamentos do que projetá-los para o mundo em torno dele. De todos os tipos de introvertidos, estes são os mais propensos a sentirem-se confortáveis em situações sociais, mas são os únicos que vêm, ao invés de participarem.
E, finalmente, existe o introvertido reservado. São os únicos que estão distantes e desconfortáveis em torno de pessoas novas e que, provavelmente, evitam as situações em que estão cercados por muitas pessoas que não conhecem. Uma vez que começam a conhecer alguém, porém, tendem a tornar-se mais abertos e a participar mais em atividades sociais.
Foi também observado que a maioria dos introvertidos tem uma combinação de todas essas caraterísticas e que ninguém é 100 por cento uma coisa ou outra, mas as categorias estão certamente a ajudar a fazer sentido da razão pela qual muitos introvertidos tendem a descrever-se de uma maneira tão diferente.
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