terça-feira, 16 de junho de 2015

A Esquizofrenia, a Depressão e a Dependência Estão Ligadas à Perda Similar de Massa Encefálica

Poderia haver uma causa biológica subjacente para muitas doenças mentais?
Os diagnósticos tão diferentes como a depressão, os vícios e a esquizofrenia são todos ligados a um padrão semelhante de perda de massa cinzenta no cérebro, segundo um novo estudo. Os resultados sugerem uma causa biológica subjacente para estas doenças mentais.

Dr. Thomas Insel, ao comentar o estudo, disse: "A ideia de que esses transtornos compartilham uma arquitetura cerebral comum e que algumas funções podem ser anormais em tantas delas é intrigante."
A pesquisa, publicada no JAMA Psychiatry, reuniu dados de 193 estudos separados, que incluíam imagens do cérebro de 7.381 pacientes.Os pacientes experimentaram todos os tipos de diferentes doenças mentais, incluindo depressão, esquizofrenia, TOC e alguns transtornos de ansiedade. Apesar disso, os pesquisadores identificaram três estruturas no cérebro, que haviam diminuído em todos os diferentes diagnósticos.


As áreas do cérebro - a ínsula anterior esquerda e direita e a dorsal do cíngulo anterior - são partes importantes de uma rede que está envolvida na tomada de decisões, como a atenção, a tarefa de comutação e o planeamento. Essas regiões do cérebro ligadas são como um "sinal de alarme", dizem os pesquisadores.

Dr. Amit Etkin, um dos autores do estudo, explicou: "Elas trabalham juntas, sinalizando para outras regiões do cérebro quando a realidade se desvia das expectativas, que algo importante e imprevisível aconteceu ou algo importante deixou de acontecer."

Apesar de existirem semelhanças entre as doenças mentais, havia também diferenças.

Pessoas com depressão maior, por exemplo, também tinham perda de massa cinzenta no hipocampo e na amígdala, áreas que desempenham papéis fundamentais na memória e nas emoções, respetivamente.
Ao comentar, porém, sobre as semelhanças observadas entre as diferentes doenças mentais, Dr. Insel disse: "Eu não esperava estes resultados. Tenho trabalhado sob a suposição de que podemos usar a neuroimagem para ajudar a classificar as diferentes formas de doença mental. Isto torna-o mais difícil."

Sem comentários:

Enviar um comentário