segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Efeito Generalizado da Meditação Sobre a Forma Como o Cérebro Envelhece

Estudo mostra como a meditação afeta a matéria cinzenta do cérebro a longo prazo.
A meditação conserva a massa cinzenta do cérebro - usada para o processamento de pensamentos - contra a degeneração relacionada à idade, segundo um novo estudo.

Em torno dos trinta anos, o cérebro das pessoas começa a diminuir de tamanho e peso. Com essas mudanças vêm: piores memória, processamentos mais lentos e outras alterações cognitivas associadas à idade.

O estudo, publicado na Frontiers in Psychology, fotografou os cérebros de 50 meditadores e 50 não meditadores, que estavam com idade entre 24 e 77 anos.


Descobriram que as pessoas mais velhas que meditaram tinham preservado mais massa cinzenta. Assim, não só a meditação pode preservar a matéria branca do cérebro - utilizada para a comunicação entre as diferentes áreas - como também pode preservar a massa cinzenta do cérebro, que é onde a cognição "acontece".

Dr. Florian Kurth, um co-autor do estudo, explicou: "Esperávamos pequenos e distintos efeitos localizados em algumas das regiões que haviam sido previamente associadas com a meditação. Em vez disso, o que realmente observámos foi um efeito generalizado da meditação que englobava regiões por todo o cérebro".

O gráfico abaixo mostra as áreas do cérebro (a vermelho) que tinham tecido perdido com a idade.


A linha superior é a de não meditadores e a linha inferior é a de meditadores.

Os meditadores no estudo tinham meditado por uma média de 20 anos, com o intervalo de 4 a 46 anos.

Por causa do desenho do estudo, a evidência não é forte de que a meditação faz com que existam estas diferenças, mas Dr. Eileen Luders, primeiro autor do estudo, disse: "Ainda assim, os nossos resultados são promissores. Esperemos que estimulem outros estudos que explorem o potencial da meditação para melhor preservar o envelhecimento dos nossos cérebros e das nossas mentes. Um acúmulo de evidências científicas de que a meditação tem capacidades que alteram o cérebro pode, em última análise, permitir uma tradução eficaz da pesquisa à prática, não só no âmbito do envelhecimento saudável, mas também do envelhecimento patológico".

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